Fenix

 

Dumbledore

Travei uma guerra

quebrei a foice

trinquei o martelo

sobrou ferro e fogo

Como uma faísca

solta no universo

se apagando e esvaindo

no infinito do cosmo

Uma ferida que queima

expões fragilidades da alma

dissipada como um raio no céu

um relâmpago de sol

Consequente, eloquente, descrente

batizado pelo sal

rasga o santo véu

se dispõe em profunda solidão

Perplexo, complexo, completo

á quem se perder, encontro

á quem se importar, mártires

á quem sofrer, redenção

Um final, uma fenda fatal

que te recolhe e te devolve

do avesso , asfixiado, restrito

pra que possas compreender um dia

o valor de uma liberdade genuína.

 

FELA

 

Carta para um amigo,

Me traga lembranças 

e um bullet carregado

vamos dançar no ultimo dia,

como uma folha

lute contra o vento

que te lança no espaço sideral

para longe da arvore luz 

Lancelot e o feitiço das cordas

desata te desse corpo

liberta te a alma

gira a chave de Salomão

solta o bode de Levítico

voa sobre a cidade perdida

atira as pedras de Ezequiel

Me traga lembranças 

e um bullet carregado

Deleite se no jardim secreto

resgata tua criança 

ainda existe tempo

recebe a inspiração

e respira fundo

levanta do berço

seca do seio do universo

abre o coração

pra expandir a consciência

Você vai entender

vamos compreender

se quiser eu pulo também

não existe destino que já não sabíamos

está é sua realidade 

não adianta fechar os olhos

não vamos conseguir dormir

então levanta do berço

me traga lembranças 

e um bullet carregado

eu pulo com você

 

Carnaval

  Fita

Pouco te peço
para que olhe e me veja
Deleito no seu descaso
acostumei com suas ausências
de Ser inatingível
amor intocável 
aberração sexual
confinado ao vazio
das saudades que deixa
Olhar profundo 
um eterno distante
que intriga meu flerte curioso
calor que dissipa
afaga e afoga
clareia e arrasta para escuridão
que anseia pelo sorriso na alma
tece a teia 
arranha sem cortar
liberta o enforcado
livra da algema
de amar só uma vez
sendo tão cheio de amores para dar
Com a infinita capacidade 
de não se entregar
Imerso no medo
na covardia, em saber
que aquela criança carrega traumas
na busca pelas aprovações fraternais 
que outrora lhes foram arrancadas
por alguém que também não se deixou amar
Confetes e pílulas 
um cobertor de estrelinhas
onde tudo é utopia   
incluindo o amor 

tudo se repete

Pendurada

nos anéis de saturno
na asa da águia 
calda do cometa 
rabo de foguete
o dia que te vi
dei meu coração num banquete
seu sorriso iluminou o fundo do oceano
lá do céu o crepúsculo e a aurora são uma bandeira
a marca do infinito
o sétimo selo
uma trombeta sem bramido falha no eco de um abismo 
que hora te joga outras te engole
desata e refaz os nós 
dos karmas
das almas
sob o sol da toscana e lua de prata
no ritmo dos deuses
um espaço tempo
anos luz
luz a fio
obstinadamente 

Ao novo ... um brinde

O TREVO

Entre corpos

sussurros

entre mundos

imundos

pedaços de insanidade

trevas infinitas

que aquecem e não queimam

Aquela força 

que arde como uma brasa de vulcão adormecido

que acorda com grito

avança no silêncio da escuridão

Devotadamente impuro 

são formas peculiares

que encaixam na inércia de um suspiro

são sonhos cheios de verdade

e verdadeiras utopias cheias se sonhos

nada é como é 

mas tudo é como tem que ser

foi quando eu vi 

que enxergava com os olhos fechados

Então adormeci na expectativa da eternidade

que existe no peso de uma lagrima 

que sente saudade

se inspira na tragédia

desalma desagua desmancha 

deserda desiste sem insistir

porque todo fim 

é um novo começo

um ciclo um laço um abraço

um beijo gélido do universo

um toque de despertar

interior particular especifico

sobe e desce na roda de samsara 

incansavelmente.

https://www.youtube.com/watch?v=9qD8WrWw954