segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Apenas um toque.

 


O Segredo

Tenho no umbigo guardado

o quinto do sétimo selo

sou herdeiro abnegado

inspiração de um carpinteiro. 

Deslizo como um carvalho

da seiva de suor molhado

sentir-se um mar salgado

de gotículas de um desejo. 

Um passado que apagou

sem memórias, só ilusões

algo que se criou

no universo das emoções.

Alguns retornos do que sempre esteve.



Sentimento Aprisionado


Tentei chorar

mas voei acima das nuvens

o poço estava seco

não temia mais aquela escuridão

porquê sei que era tudo ou nada.

Quando soltei a corda choveu

me lavou a alma

tentei chorar

mas cai tão rápido que não vi o céu de onde sai.

Reflexos e lapsos

desilusão e liberdade

abracei o vazio e me senti preenchida

tentei chorar e gritei a voz mais alta que eu calava.

Eu voei e dancei entre espectros cruéis

chorei uma lagrima de um dilúvio

que não tinha uma arca salvadora

não tinha mares e mesmo assim navegou

no meu colo dissimulado.

As pedras caíram do chão

elas que sussurraram perdidas no tempo

esquecidas como velhas histórias

como lembranças distantes.

Um sentido vago

deslumbrado por promessas vazias

e um arco íris com uma tempestade escondida

dentro do pote de ouro.

Quando entendi

de nada soube mais

eu tentei chorar mas era só nostalgia.