Aprecio a Guerra
Sentada ao lado da minha janela
não vejo paisagem alguma.
Incapaz de avistar o abismo aos meus pés,
só vejo vazia a janela.
A arrogância me dominou
e meu egoismo aflorou.
Como sempre foi :
tanto fez, como tanto faz.
Nada como a melancolia das noites
para apagarem a euforia dos dias.
Me enterrando nas rotinas
de um destino sem perspectivas.
Desejo parar de pensar
sinto minha cabeça queimar,
impossível controlar.
Então lembro do verde da tua blusa
que casaram com teus olhos no mesmo instante que te vi.
Seu rosto é uma alucinação.
Eu diria : 'Eu te amo" novamente?
Mas a janela continua vazia
eu ainda estou aqui sentada.
É tudo tão pouco, e tão intenso
Eu diria: ' Eu te amo" se você acreditasse.
Mas como pode acreditar no amor
se nem admite que tudo isso é divino.
Se minha lembrança te alcança
meu momento mergulha no ócio sem fim.
Eu sinto prazer nisso.
E tudo se torna escuro
no desespero do retorno premeditado.
Mesmo que eu fique aqui dentro sempre estarei presa lá fora.
Poderíamos ter tido tudo
mas eu sempre me contentei com pouco.
Pensamentos livres sempre trarão atitudes avassaladoras.
Não me importo se os copos se quebrarem, dispenso as recordações.
Eu sinto prazer nisso também.
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